1. A primeira geração do Romantismo brasileiro, também chamada de “nacionalista” ou “indianista”, tinha como uma de suas principais preocupações:
a) a
crítica às estruturas sociais da República.
b) a
valorização do indígena como herói nacional e símbolo da identidade brasileira.
c) a
defesa do racionalismo e do cientificismo como formas de progresso.
d) a
exaltação da burguesia urbana e do desenvolvimento industrial.
e) a
ironia diante das tradições populares e folclóricas.
2. O poema a seguir pertence à primeira geração romântica:
"Minha
terra tem palmeiras,
Onde
canta o sabiá;
As
aves que aqui gorjeiam,
Não
gorjeiam como lá."
(Gonçalves
Dias)
Esse trecho expressa:
a) o
regionalismo típico da terceira geração romântica.
b) a
crítica ao modelo de colonização europeia.
c) o
nacionalismo idealizado e o saudosismo do exílio.
d) o
cientificismo e a racionalidade iluminista.
e) o
niilismo e o desencanto com a vida moderna.
3. A segunda geração romântica, conhecida como “ultrarromântica”, é marcada por:
a)
forte racionalismo e otimismo social.
b)
engajamento político e crítica ao clero.
c)
sentimentalismo exagerado, pessimismo e idealização da morte.
d)
foco no progresso e na modernização das cidades.
e)
retratos realistas da vida rural e do sertão.
4. A terceira geração romântica, também conhecida como “condoreira”, caracteriza-se por:
a) um
individualismo marcado pela introspecção e fuga da realidade.
b)
uma literatura engajada, com forte apelo social e político.
c) a
ausência de preocupações com a linguagem poética.
d) a
continuidade da exaltação amorosa e do escapismo.
e) a
crítica à escravidão de forma indireta e discreta.
5. Castro Alves é um dos maiores representantes da terceira geração do Romantismo. Sua poesia se destaca por:
a)
descrever paisagens tropicais com lirismo sentimental.
b)
narrar histórias indígenas com foco na mitologia tupi.
c)
expressar o sofrimento pessoal diante da morte precoce.
d)
denunciar a escravidão e clamar pela liberdade.
e)
adotar uma linguagem simples e popular para retratar o cotidiano.
“Iracema,
a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da
graúna e mais longos que seu talhe de palmeira; a virgem dos olhos garços, da
pele morena, onde a luz do sol deixara a cor do bronze novo.”
6. No romance Iracema, de José de Alencar, o indígena é idealizado como símbolo da origem nacional. Essa obra representa:
a) a
tendência realista da prosa romântica brasileira.
b) a
crítica à figura do colonizador português.
c) o
projeto de construção de uma identidade nacional a partir do mito de origem
indígena.
d) o
desencanto com a miscigenação e a cultura popular.
e) a
valorização do negro como base da cultura brasileira.
“Com
a vinda da Corte portuguesa, o Brasil deixou de ser uma simples colônia para
tornar-se, de fato, a sede do Império português. Isso implicou uma série de
transformações: abertura dos portos, criação de instituições administrativas,
culturais e financeiras, que marcaram o início de uma vida pública e urbana no
país.”
(Boris Fausto, em História do Brasil)
7. A literatura romântica brasileira surgiu num contexto histórico de:
a)
expansão do movimento operário e revolução industrial no Brasil.
b)
fim do regime militar e redemocratização do país.
c)
independência política do Brasil e busca por identidade cultural.
d)
abolição da escravidão e instauração da república.
e)
ditadura do Estado Novo e fortalecimento do nacionalismo autoritário.
“O dote fez de ti meu noivo, a honra
fará de ti meu esposo; mas nem um sentimento mais nobre do que o amor do ouro e
do luxo te ligará à mulher que compraste. O contrato está concluído. Eu sou tua.”
(Obra Senhora
(1875), de José de Alencar)
8. Em Senhora, de José de Alencar, a personagem Aurélia Camargo é uma mulher rica que compra o casamento com Fernando Seixas. Essa obra se destaca por:
a) retratar a fragilidade da mulher no
contexto do Brasil colonial.
b) construir uma personagem feminina
forte, que desafia os costumes da época.
c) idealizar o amor romântico como meio de
ascensão social.
d) defender o casamento por interesse como
solução prática.
e) descrever a vida dos escravizados no
Rio de Janeiro.
9. Uma das características comuns aos romances indianistas, como O Guarani e Iracema, é:
a) o retrato realista da cultura indígena,
sem idealizações.
b) a crítica à colonização portuguesa e ao
genocídio indígena.
c) a construção de mitos fundadores da
nacionalidade brasileira com base no indígena heroico.
d) o uso da linguagem coloquial e regional
como forma de protesto.
e) a negação da importância do indígena na
formação do país.
Tu choraste em
presença da morte?
Na presença de
estranhos choraste?
Não descende o
cobarde do forte;
Pois choraste, meu
filho não és!
Possas tu,
descendente maldito
De uma tribo de
nobres guerreiros,
Implorando cruéis
forasteiros,
Ser a presa de vis
Aimorés.
«Possas tu,
isolado na terra,
Sem arrimo e sem pátria
vagando,
Rejeitado da morte
na guerra,
Rejeitado dos
homens na paz,
Ser das gentes o
espectro execrado;
Não encontres amor
nas mulheres,
Teus amigos, se
amigos tiveres,
Tinha alma inconstante e falaz!
(I-Juca-Pirama por
Gonçalves Dias Canto VIII)
10. No Canto VIII do poema I-Juca Pirama, o pai do indígena, ao perceber que o filho não enfrentou a morte com bravura, reage com indignação. Essa reação se justifica, dentro da cultura indígena apresentada no poema, porque:
a) o pai esperava que o filho fugisse para
preservar sua vida e vingar-se depois.
b) na tradição tupi, o valor mais
importante era a submissão à vontade dos mais velhos.
c) a covardia diante da morte era uma
desonra para o guerreiro e para sua tribo.
d) os guerreiros deveriam evitar o combate
para manter a paz entre as tribos.
e) o sacrifício do guerreiro era permitido
apenas se ordenado pelo cacique.
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